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Newsletter SBPR - Outubro de 2014

Maior investimento na geração de energia nuclear no Brasil é necessário e inevitável

A falta de chuva afeta o fornecimento de água e compromete o desempenho das usinas hidrelétricas, que respondem por 92% da energia gerada no Brasil. O restante é complementado por usinas térmicas, dentre as quais a nuclear. O crescimento da geração de energia nuclear no país é inevitável e necessário para garantir o fornecimento à crescente demanda energética. Segundo Edson Kuramoto, supervisor da Gerência de Análise de Segurança Nuclear da Eletronuclear, além das usinas Angra 1 e 2, que já estão em funcionamento, e Angra 3 (em construção), o país precisaria de ao menos mais quatro usinas nucleares, disribuídas entre as regiões Nordeste e Sudeste.

O Brasil tem reservas de urânio com suprimento para os próximos 120 anos. E a energia nuclear é uma alternativa para a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, pois não emite gases que contribuem para o efeito estufa. Entretanto, faltam investimentos para garantir a autossuficiência do país na produção do combustível nuclear. O enriquecimento de urânio no Brasil não atende a 10% da demanda das usinas em funcionamento e o enriquecimento é realizado em países como Holanda, França e Reino Unido.

Apesar de possuir uma das maiores jazidas de urânio do mundo, o Brasil ainda depende da importação de combustível para as usinas de Angra em funcionamento. Quanto a Angra 3, prevista para iniciar suas operações em 2018, INB e Eletronuclear assinaram um contrato, no qual a INB assume o compromisso de fornecimento de 100% do urânio a ser usado pela nova usina. A usina de Angra 3 trará grandes benefícios, ampliando a capacidade do setor de 1.990MW para 3.395MW.

Fontes: Portal EBC e Estadão
http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/10/falta-de-chuva-reforca-necessidade-de-usinas-nucleares-dizem-especialistas
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pais-tambem-importa-quase-todo-o-combustivel-nuclear-imp-,1572138

Brasil avalia a criação de agência reguladora para as atividades do setor nuclear

Angra 3 está prevista para entrar em operação em 2018 e estão previstas ainda a construção de 4 novas usinas até 2033. Diante deste cenário promissor, o Brasil avalia a criação de uma agência reguladora para o setor nuclear. A CNEN, ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, é responsável por fomentar pesquisas, licenciar as atividades e controlar a segurança nas operações. Uma vez que a CNEN é responsável por 90% dos empreendimentos no setor, uma das questões que se coloca é: cabe à CNEN licenciar a ela própria? A outra questão refere-se ao acúmulo de funções. A CNEN hoje é responsável por cerca de 800 inspeções por ano. A criação de um organismo responsável pela regulação e fiscalização é uma recomendação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e da comunidade científica.   Após o acidente na usina de Fukyshima, vários países passaram a separar as funções de pesquisa e segurança na área nuclear.

O diretor da CNEN, Ivan Salati, defende a separação. Desde 2009 a criação da agência já é discutida na CNEN. Um projeto já havia sido encaminhado ao Ministério do Planejamento e a minuta retornou ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação com a solicitação de maiores detalhes. A CNEN diz estar pronta para voltar ao Ministério e discutir as alterações na proposta. O grupo de trabalho envolvido nessa questão sugere inclusive audiências públicas para discutir juntamente com a sociedade o melhor modelo de agência reguladora para o setor. A procuradora do MPF, Izabella Marinho Brant, coloca que o novo órgão precisa ser aprovado pelo Legislativo em forma de lei e que, diferentemente das atribuições comuns das agências atuais, deve ter foco na segurança das operações.Muitas são as questões, entidades e profissionais envolvidos no processo. O projeto, no momento, está sendo discutido no âmbito do governo.

Fonte: Portal EBC - Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-10/mpfrj-diz-que-brasil-precisa-de-agencia-reguladora-para-setor-nuclear

X Congresso Regional Latino Americano IRPA: abril de 2015 em Buenos Aires

O X Congresso Regional Latino Americano IRPA de Proteção e Segurança Radiológica será realizado em Buenos Aires, Argentina, em abril de 2015. A SBPR participará ativamente deste evento de grande expressividade. Josilto de Aquino, vice-presidente da SBPR e presidente da FRALC, é vice-presidente do congresso. Ainda, Alfredo Lopes Ferreira Filho - secretário geral da SBPR - integra o comité de suporte internacional, reforçando o apoio e a representatividade do Brasil no evento.

O IX Congresso Regional Latino Americano IRPA, que aconteceu no Rio de Janeiro em abril de 2013, contou com 716 participantes de 21 países, dentre os quais, muitos colegas argentinos. O sucesso do evento no Rio de Janeiro evidencia a importância do IRPA Regional para todos os profissionais que atuam nas áreas relacionadas à proteção radiológica. A SBPR convida a todos os associados a enviarem seus resumos até o dia 30 de outubro. Agora é a vez dos brasileiros, sempre atuantes diante do cenário da América Latina, confirmarem sua representatividade e participação.

Data limite para envio de resumos: 30 de outubro de 2014
Maiores informações: http://www.irpabuenosaires2015.org/

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Fundada em 1986,a Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica é uma entidade técnico-científica sem fins lucrativos, filiada a International Radiation Protection Association  (IRPA) e a Federación de Radioprotección de América Latina y el Caribe (FRALC). Sua missão:      

  1. Promover o intercâmbio de conhecimentos na área de proteção radiológica e temas afins.
  2. Promover a difusão dos critérios de radioproteção no que se refere ao emprego de fontes de radiações ionizantes nas diversas áreas.
  3. Promover a difusão de todos os aspectos da proteção radiológica, da segurança nuclear e dos critérios de normatização, não somente no meio científico, técnico e acadêmico, como também na sociedade em geral. 

O presidente da SBPR, José Marcus de Oliveira Godoy, agradece a todos que contribuíram para a elaboração desta newsletter: Alfredo Lopes Ferreira Filho, Josilto de Aquino, Denise Levy e Bernardo Dantas

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